Na educação bilíngue, os estudantes têm a oportunidade de desenvolver melhor a concentração e o raciocínio, além de no futuro, ter mais oportunidades no mercado de trabalho por dominar um segundo idioma. Além dessas vantagens, uma escola bilíngue oferece ao estudante a oportunidade de conhecer outras culturas e a desenvolver habilidades de relacionamento intercultural.
O desenvolvimento intercultural na educação aparece como uma proposta pedagógica que busca desenvolver relações de cooperação, respeito e aceitação, entre diferentes culturas e sujeitos, visando, dessa forma, preservar as identidades culturais com o objetivo de propiciar a troca de experiências, e o enriquecimento mútuo.
A assessora pedagógica do Eduall, Shalomir Saunders, lembra que “(Lev) Vigotski afirma que experiências são fonte de desenvolvimento e com base nisso podemos observar que tudo relacionado à um processo de aquisição de uma segunda língua está conectado ao desenvolvimento intercultural, pois a pessoa não só aprende a base gramatical da língua, mas passa a aprender sobre a cultura, história, comida, geografia, religião e diversos outros aspectos da língua”.
Ainda, segundo ela, na educação bilíngue os estudantes adquirem uma visão global. “Crescer em um ambiente intercultural torna a pessoa mais propensa a entender e a viver com diferentes pontos de vista.” O processo de aquisição de outro idioma se baseia no desenvolvimento intercultural, quando o estudante passa a entender e a vivenciar a cultura da nova língua, passa a interagir e a usar da melhor forma o idioma que está em processo de aprendizado.
“Podemos citar como exemplo uma família em que os pais são de nacionalidades diferentes, os filhos irão crescer em um ambiente bilíngue ou até mesmo trilíngue e, com isso, as crianças aprendem diferentes idiomas, mas também as tradições, costumes, receitas especiais do país além de se “reportar” à cada responsável na sua língua materna, tornando-se algo natural”, observa Shalomir.
Na sala de aula é possível ter esse tipo de vivência. Como explica a assessora pedagógica, o material do Eduall, solução bilíngue da SOMOS Educação, oferece uma abordagem CLIL (Content and Language Integrated Learning – em português, Aprendizagem Integrada de Conteúdo e Língua). Nessa metodologia, o aprendizado da língua é, ao mesmo tempo, objeto de estudo e meio de instrução — o estudante aprende também outros conteúdos tradicionais de aula, como Artes, Ciências e Matemática, por exemplo.
Na prática, o que fazer?
“Na prática, os alunos se desenvolvem não somente na língua, mas também de uma maneira global, usando recursos e aprendendo com diferentes abordagens de conteúdo, principalmente os costumes, tradições e vivência de outros países”, destaca Shalomir. “O material do Eduall traz uma abordagem que conecta o estudante com o que está aprendendo, trazendo significado ao que está a sua volta, fazendo com que o material físico se torne algo mensurável em sua vida, com significado. O CLIL aborda em diversos momentos simulações das ODS’s (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) da ONU trazendo situações reais de cultura, história, geografia, ciências, arte, etc. Assim faz com que o aluno se interesse cada vez mais não só pelo inglês, mas por tudo que vem junto, ou seja, o fato de ser um aluno global, com possibilidades de mobilidade pelo mundo.”
No dia a dia da sala de aula os professores contam com uma série de atividades para desenvolver o idioma de forma intercultural e interdisciplinar como:
– Dinâmicas em sala de aula;
– Pesquisas e apresentações;
– Elaboração de festividades da língua alvo;
– Spelling Bee (soletrando);
– Momentos de conversação na língua.
Quais as dificuldades na aquisição de um novo idioma?
Claro que, na aquisição de um novo idioma, podem surgir algumas questões como o “choque” cultural, devido a diferenças de realidade. “Outro ponto que podemos citar é a adaptação com a língua, a fonética, as palavras que podem variar de acordo com a região, entre outros aspectos, porém quando o aluno está motivado a aprender, ele consegue passar por todas estas problemáticas e estes desafios se tornarão apenas um degrau no processo”, avalia a assessora.
Nesse sentido, o material do Eduall oferece, além do método CLIL, uma abordagem a partir do uso de metodologias ativas e gamificação para o desenvolvimento de competências do século 21, que torna o estudante mais empático e resiliente. O aluno é protagonista do processo de aprendizagem, com todo apoio necessário para fazer as conexões necessárias com a nova língua.
E quais são os benefícios são vistos nas crianças que tiveram um bom desenvolvimento da interculturalidade e um ensino bilíngue?
Shalomir destaca que os benefícios são os mais diversos, indo muito além da sala de aula. “O aluno passa a ser um ser humano global, sabendo agir de maneira local e a ter mobilidade global quando se usa o conhecimento adquirido num processo de aquisição de uma segunda língua.”
Entre os benefícios que a assessora destaca quando o assunto é desenvolvimento da interculturalidade e ensino bilingue, estão:
– Ampliar o conhecimento cultural de uma forma global;
– Facilitar a comunicação de uma forma geral, tanto em português (língua materna) e no segundo idioma;
– Melhorar a capacidade cerebral e melhora da atividade cognitiva.